O ato era oficioso, com toda a pompa de desfiles das Forças Armadas comuns aos dias de independência. No entanto, um colorido diferente tomou conta da festa. Com a instrução de Evo Morales, comandantes convidaram os povos originários da Bolívia a marchar lado a lado com os regimentos do exército, da marinha e da aeronáutica.
Às 9h45 da manhã, pontualmente no horário previsto, um avião baixou do céu e pisou o solo do aeroporto militar de Trompillo. Minutos seguintes, um carro aberto transportou o presidente em desfile. Ele exibia um sorriso aberto para os olhares e aplausos vibrantes de uma multidão espremida. Crianças dormiam ou choravam, inconscientes da importância da presença naquele lugar, naquele momento. Jovens e velhos buscavam acento. Mulheres pediam para os soldados saírem da frente e facilitarem a visão.
Logo depois de Evo acenar com retida simpatia, os indígenas começaram seu desfile. Pés descalços seguiam a cadência da marcha e caminhavam ao lado de coturnos bem postados e disciplinados. Podia-se ver o arrepio nos braços de alguns soldados, quando uma senhora ou simplesmente uma criança com roupas típicas portavam a bandeira nacional e dividiam o orgulho de serem simplesmente bolivianos. As diferenças entre Collas, Cambas, ou qualquer identidade étnica que exista ou venha a existir na Bolívia, caiam por terra quando indígenas, cocaleros, sindicalista, testemunhas de Jeová, militares, todos marchavam por um país unido.
Para muitos foi uma demonstração de invasão dos povos ocidentais em território oriental. Os dois lados formam duas Bolívias diferentes. Peleas faziam parte da previsão dos jornais, ávidos por confrontos e oportunidade para impressão de manchetes sensacionalistas. Certamente venderiam mais unidades quanto mais sangue sujasse as ruas. Mas um discurso conciliador de Evo e um comportamento civilizado de todos os setores garantiram o que se tornou muito mais do que o aniversário de 182 anos das Forças Armadas. Presenciamos a consolidação democrática do poder popular.
Às 9h45 da manhã, pontualmente no horário previsto, um avião baixou do céu e pisou o solo do aeroporto militar de Trompillo. Minutos seguintes, um carro aberto transportou o presidente em desfile. Ele exibia um sorriso aberto para os olhares e aplausos vibrantes de uma multidão espremida. Crianças dormiam ou choravam, inconscientes da importância da presença naquele lugar, naquele momento. Jovens e velhos buscavam acento. Mulheres pediam para os soldados saírem da frente e facilitarem a visão.
Logo depois de Evo acenar com retida simpatia, os indígenas começaram seu desfile. Pés descalços seguiam a cadência da marcha e caminhavam ao lado de coturnos bem postados e disciplinados. Podia-se ver o arrepio nos braços de alguns soldados, quando uma senhora ou simplesmente uma criança com roupas típicas portavam a bandeira nacional e dividiam o orgulho de serem simplesmente bolivianos. As diferenças entre Collas, Cambas, ou qualquer identidade étnica que exista ou venha a existir na Bolívia, caiam por terra quando indígenas, cocaleros, sindicalista, testemunhas de Jeová, militares, todos marchavam por um país unido.
Para muitos foi uma demonstração de invasão dos povos ocidentais em território oriental. Os dois lados formam duas Bolívias diferentes. Peleas faziam parte da previsão dos jornais, ávidos por confrontos e oportunidade para impressão de manchetes sensacionalistas. Certamente venderiam mais unidades quanto mais sangue sujasse as ruas. Mas um discurso conciliador de Evo e um comportamento civilizado de todos os setores garantiram o que se tornou muito mais do que o aniversário de 182 anos das Forças Armadas. Presenciamos a consolidação democrática do poder popular.
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