Santa Cruz de la Sierra - Chegamos em Santa Cruz, a cidade economicamente mais desenvolvida da Bolívia e onde se encontra boa parte da burguesia do país. Latifundiários criadores de gado, banqueiros, famílias tradicionais e os donos dos principais meios de comunicação se concentram nesta província (estado), que leva a mesma denominação de sua capital.
Santa Cruz fica na parte leste da Bolívia e lidera um movimento de autonomia dos estados da chamada Media Luna, região ainda formada pelos estados de Tarija, Beni e Pando. Estes quatro estados, governados por políticos opositores ao governo Morales, não aceitam um indígena como líder nacional e buscam independência em relação ao poder central. Bandeiras e faixas espalhados por toda parte conclamam o separatismo.
Os opositores recorrem ao argumento de que o Morales não repassa os recursos de maneira democrática. Depois da pressão, um referendo nacional foi realizado para votar a autonomia e os bolivianos decidiram manter a nação unida. A decisão foi democrática, com o povo às urnas, mas os estados da Media Luna alegam que apenas eles próprios deveriam tomar essa decisão e, por isso, pedem novo referendo, desta vez localizado.
Basta andar pelas ruas da cidade para perceber a clara diferença racial entre a população de Cochabamba e a de Santa Cruz. Os rostos indígenas por aqui são menos constantes e os brancos formam a maioria.
A atmosfera em Santa Cruz é explosiva. Hoje é o dia da independência do país e uma marcha foi realizada pelas autoridades estaduais e municipais. No entanto, amanhã será um dia histórico para os indígenas. Eles vão participar da Parada Militar, marchando lado a lado com as Forças Armadas, depois de uma decisão tomada pelo poder central e muito representativa para as camadas populares.
O ato de Morales simboliza a participação direta dos indígenas no poder, demostrando que eles são muito mais que uma base eleitorial: eles formam a força de sustentação do governo, assegurando as políticas de nacionalização das reservas naturais e a implantação de medidas socialistas.
A situação incomoda sobremaneira os setores conservadores e, por isso, todos esperam um clima tenso durante a Parada e muitos prevêem confrontos. De qualquer mameira, estaremos por lá e logo informaremos qual foi o resultado.
Santa Cruz fica na parte leste da Bolívia e lidera um movimento de autonomia dos estados da chamada Media Luna, região ainda formada pelos estados de Tarija, Beni e Pando. Estes quatro estados, governados por políticos opositores ao governo Morales, não aceitam um indígena como líder nacional e buscam independência em relação ao poder central. Bandeiras e faixas espalhados por toda parte conclamam o separatismo.
Os opositores recorrem ao argumento de que o Morales não repassa os recursos de maneira democrática. Depois da pressão, um referendo nacional foi realizado para votar a autonomia e os bolivianos decidiram manter a nação unida. A decisão foi democrática, com o povo às urnas, mas os estados da Media Luna alegam que apenas eles próprios deveriam tomar essa decisão e, por isso, pedem novo referendo, desta vez localizado.
Basta andar pelas ruas da cidade para perceber a clara diferença racial entre a população de Cochabamba e a de Santa Cruz. Os rostos indígenas por aqui são menos constantes e os brancos formam a maioria.
A atmosfera em Santa Cruz é explosiva. Hoje é o dia da independência do país e uma marcha foi realizada pelas autoridades estaduais e municipais. No entanto, amanhã será um dia histórico para os indígenas. Eles vão participar da Parada Militar, marchando lado a lado com as Forças Armadas, depois de uma decisão tomada pelo poder central e muito representativa para as camadas populares.
O ato de Morales simboliza a participação direta dos indígenas no poder, demostrando que eles são muito mais que uma base eleitorial: eles formam a força de sustentação do governo, assegurando as políticas de nacionalização das reservas naturais e a implantação de medidas socialistas.
A situação incomoda sobremaneira os setores conservadores e, por isso, todos esperam um clima tenso durante a Parada e muitos prevêem confrontos. De qualquer mameira, estaremos por lá e logo informaremos qual foi o resultado.
3 comentários:
O ser humano é incrível mesmo!
A gente cansou do termo "elites econômicas", desgastado pelo Partido dos Trabalhadores, mas a verdade é que elas não querem abrir mão de nem uma centelha do poder.
Um presidente de origem indígena (que, pessoalmente, não goza da minha simpatia), é perfeito para a Bolívia, assim como um presidente nordestino (ainda que aculturado), é perfeito para o Brasil. Só falta acertarmos, bolivianos e brasileiros, na escolha do inígena e do nordestino certos.
Ricardo, aproveito o espaço não apenas para elogiar o belo trabalho do quinteto como para parabenizá-lo pela aprovação lá na Folha. Depois conversamos melhor!
Abraço e boa viagem para vocês aí!
Discordo de Ari e acho que o que acontece na Bolívia lembra algumas coisas aqui no Brasil. A "elite" (ou seja lá que termo queiram usar) sofre por não ter o estado em suas mãos... Salve os indígenas e os nordestinos!
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